Eliza Doolittle é a londrina que tem arrancado elogios da crítica desde o lançamento europeu do seu álbum homônimo, em 12 de julho. De lá pra cá ela chegou a ocupar a 3ª posição na lista dos mais vendidos do Reino Unido, recebendo disco de prata (200.000 cópias vendidas) pelas vendas do seu segundo single, Pack Up, e disco de ouro (100.000) pela vendagem do seu álbum de estréia.
Seu estilo tem sido amplamente associado ao da sua conterrânea Lily Allen, que agora se “aposenta”, deixando o caminho livre para a alegria contagiante de Eliza. Boa parte das comparações tratam do estilo adotado no material promocional de Doolittle, mas poucas mencionam a característica mais gritante em comum entre as duas inglesas: a alta capacidade de suas canções de elevar o humor das pessoas.
O álbum é excelente, recheado de um pop despretensioso de alta qualidade, por vezes temperado com uma pitada de ska, mesclando o retrô e o moderno.
A jovem, de 22 anos, é capaz de deixar o ouvinte praticamente sem saída na hora de nomear suas faixas preferidas. Mas, sem desmerecer as outras, eu indicaria os dois primeiros singles, Skinny Genes e Pack Up, seguidos pelas viciantes Moneybox, Mr. Medicine e Back To Front.
Deixando de lado as músicas e partindo pro lado pessoal de Eliza Sophie Caird, não se perde o ritmo, o Music Venue entrevistou a garota, que se revelou um amor! Descubra mais sobre ela logo abaixo!
Music Venue: Olá Eliza! Primeiramente, se apresente, por favor.
Eliza Doolittle: Alô! Eu sou a Eliza Doolittle, mas eu faço muita coisa! (Referência ao seu sobrenome que, em potuguês poderia ser traduzido como “fazer pouco”.
MV: Agora, Eliza Doolittle. Essa é uma personagem famosa, que já foi interpretada por atrizes incríveis, como, por exemplo, Audrey Hepburn. Por que escolher esse sobrenome?
ED: Foi um apelido que pegou!
MV: Você vem de uma família muito bem sucedida no ramo do entretenimento, especialmente em musicais para o teatro. Você participou de dois musicais (The Secret Garden e Les Misérables) quando era criança. Então, o que a levou a carreira de cantora pop ao invés de seguir nesse caminho de musicais?
ED: Eu sempre me via cansada de fazer oito shows por semana, eu prefiro muito mais ter uma agenda aleatória. Um dia eu vou ter um show, no próximo uma sessão de fotos e no outro estou fazendo uma entrevista com você! Amo a diversidade!
MV: Você já abriu shows para o Jammie Cullum, Alphabeat e Sia. Está agendada para ser o show de abertura da Paloma Faith nesse ano. Há alguma música que você tenha feito com algum desses artistas e que ainda não foi lançada?
ED: Não. Mas eu e o Jammie Cullum fizemos um cover de The Nearness Of You quando eu estava em turnê com ele. Está no YouTube.
MV: Você tocou em festivais grandes como Party in The Park, T in The Park e Oxegen. O que você prefere, tocar para grandes multidões como essas ou algo mais íntimo como o Notting Hill Arts Club?
ED: Eu prefiro ambientes mais íntimos, mas eu também amo o pensamento de que a minha música está alcançando mais pessoas, então isso me faz amar tocar em shows maiores e festivais também.
Abaixo, uma apresentação de Doolittle no bairro Notting Hill, em Londres, antes do lançamento de seu disco. A versão de Skinny Genes acompanhada somente de um violãozinho é hipnotizante!
MV: Você fez uma Black Cab Session, na qual parecia estar muito alegre. Na verdade, você sempre parece estar muito alegre, com um alto astral. Você nunca fica cansada e chateada de trabalhar tanto? Nunca pensou em desistir da carreira na música?
ED: Nunca! A música significa mais do que qualquer coisa para mim…é a minha droga, meu vício! Eu sou como todo mundo, tenho meus dias tristes e de mal humor, mas eu tento ser o mais positiva possível. Sou incrivelmente sortuda por ter o que tenho e há bastante gente ao redor do mundo que realmente não tem vidas boas…por que eu deveria ser triste?
MV: Você estará na estrada promovendo seu álbum pelos próximos meses (anos, eu espero!). O que você gosta de fazer para relaxar quando está em turnê? Algum hobby em especial?
ED: Dormir! Eu amo jogar cartas, poker especialmente! Estou ensinando os meus garotos (minha banda) a jogar.Eu amo ler também. No momento, estou lendo O Canto Do Pássaro, de Sebastian Faulks.
MV: Eu li que você é “um sopro de novos ares” em termos de moda, isso é impressionante. Como você escolhe suas roupas? Há alguma marca ou designer que você admire?
ED: Eu uso um pouco de tudo! Eu não compro apenas em shoppings ou lojas vintages ou por designers… eu misturo isso tudo! Eu também amo Nikes de cano alto!
Abaixo uma performace de Moneybox, a faixa de abertura do disco.
MV: Por quem você é influenciada?
ED: Eu escuto muita música diferente. De Stevie Wonder a Jeff Buckley, a Radiohead, a Steely Dan… eu espero que isso tudo me influencie de alguma forma e juntando tudo resulte em um som bem enérgico.
MV: Quais bandas/cantores você tem ouvido?
ED: Bandas modernas? Eu amo Vampire Weekend, Janelle Monae, The Drums e Plan B!
MV: O seu album de estreia está na 4ª posição na parada do Reino Unido há quatro semanas. Você esperava chegar tão alto tão rápido? O que você acha disso?
ED: Eu não tinha nenhuma expectativa… eu esperava entrar no top 10, então quando ele atingiu a 3ª posição eu fiquei TÃO feliz! Foi uma surpresa maravilhosa! Sim, e como ele permaneceu tão alto eu estou realmente estonteada!
MV: Você sabe quando o seu album será lançado no Brasil?
ED: Não tenho certeza ainda, mas também mal posso esperar! O Brasil está no topo da minha lista de desejos!
MV: Bem, de acordo com o seu site, você está muito ocupada até novembro. Depois disso, algum plano de vir para o Brasil?
ED: Espero que em breve!
O álbum de Eliza Doolittle estreiou no Brasil em 13 de setembro e o seu mais recente single, Rollerblades, teve clipe lançado na semana passada! Confira abaixo.
Para se manter atualizado sobre a Eliza, visite o site oficial da cantora aqui.